D'já-hoje eu fui ao centro d'ja-pé para pagar a fatura do cartão, comprar um desodorante e uns cabos de microfone.
Ah, no caminho também vi o instrutor de moto, o Rafael (todo Rafael é gente boa).
Olhando-me no reflexo de um carro qualquer, me vejo como uma pessoa insegura. Por trás dessa gola polo acredito que as pessoas conseguem ver a insegurança de um jovem tímido que não conhece o mundo nem as pessoas. E nem quero. Mas isso é outra história.
Chegando no centro uma coisa me chamou a atenção. Bom, duas. Uma delas foi a loja de 1,99 que abriu, mas não vou falar disso. A outra é que havia pessoas no centro com um cartaz escrito "Abraços Grátis".
Minha reação ao ver: "Nossa, que nossa!"(Quê?)
Enfim, fiquei maravilhado. Mas não tive coragem de abraçar ninguém. Timidez é um lixo. O rapaz que estava lá estava falando no celular enquanto segurava o cartaz, e também vi duas meninas, mas aí que não abraçaria. Ora, dá vergonha, talvez ela pensasse que estivesse me aproveitando ou alguma coisa assim, sei lá. Mas eu gostaria de receber um abraço de uma menina.
Mas, embora isso me agradasse, comecei a pensar e aí me entristeci um pouco, quando lembrei, que tipo de sociedade que vivemos, onde as pessoas precisam distribuir abraços? Isso deveria ser natural, eu acho. A que ponto chegamos! As pessoas não se abraçam em casa, não se dão mais bom dia, não se beijam no rosto, enfim, o amor tem se esfriado.
A distribuição de abraços é algo fascinante e maravilhoso mas ao mesmo tempo dá medo. É como se estivessem oferecendo quimioterapia grátis para uma sociedade que tem câncer. Não é uma crítica ao trabalho. O mundo precisa de amor. As pessoas precisam de abraço.
PS.: Eu gostaria de participar de algo assim.
Abaixo meu desenho pedagógico que fiz enquanto escutava Glass Harp.
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São plaquinhas com interrogações, não caixinhas do Mario |
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