Fazia tempo que eu não escrevia por aqui.
Pra quem não lembra mais de mim, meu nome é Rafael e tenho 25 anos.
Trabalho como coordenador de TI da Secretaria de Educação e estudo Sistemas de Informação na Uniplac.
Sim, sou eu.
E aconteceu um marco interessante nos últimos dias: estou usando óculos.
E isso é uma coisa um tanto estranha, porque eu pensei que nunca iria precisar. Na verdade, eu só percebi isso quando fui fazer o teste de visão para renovar a carteira de motorista. Há cinco anos atrás, quando fiz pela primeira vez, foi extremamente rápido para encontrar as letrinhas. Dessa vez, fui todo confiante e me deparei com um monte de letrinhas "embaçadas" e, constrangido, tive que "chutar" algumas.
Enfim, fui considerado apto, mas o carinha que faz o exame recomendou que eu fosse em um oftalmologista, porque o meu olho esquerdo estava pior que o direito. De fato.
Teve outro dia que a gente estava no cinema e eu pedi para experimentar os óculos da Paula. E, pela primeira vez, percebi que com os óculos dela eu enxergava melhor. Bem estranho.
Só que eu não tenho plano de saúde e, talvez por preconceito, não quis ficar na fila do SUS, pois aquele fato foi suficiente para que eu pensasse que deveria resolver isso logo. Mas, como não tenho plano de saúde, e considerando que uma consulta particular com um oftalmologista custa trezentos reais (!), eu decidi ir a um optometrista.
Basicamente, pelo que entendi, a diferença é que o optometrista iria, no máximo, prescrever um óculos adequado para corrigir minha visão, mas provavelmente não iria diagnosticar alguma possível doença que pudesse estar causando isso. Ah, sim, e é três vezes mais barato, então tá ótimo.
Aí eu agendei. E convidei o Lucas pra ir junto. O piá é muito parceiro.
Então a gente foi. O cara colocou uma música clássica pra tocar, pediu para eu sentar e me mostrou uma placa com letras de vários tamanhos. Então ele colocou na minha frente uma máquina que tinha várias lentes, e ele foi alternando dentre as lentes, perguntando qual lente era melhor que a outra. Teve uma ora que ficou perfeito, eu conseguia enxergar todas as letrinhas. Aí ele montou um óculos para eu experimentar, com as lentes corretas. Eu coloquei aquilo na cara. Era irrefragável. Tudo era mais nítido e claro. Eu precisava de óculos e não sabia!
Então ele me receitou os óculos corretos. Eu e o Lucas fomos em umas quantas óticas, procurando um óculos que fosse maneiro e não muito caro. Ele me ajudou bastante. Fomos em vários, vários locais.
Então encontramos uma última unidade na ótica Visão, que tinha o formato que a gente tinha achado massa e, não muito mais caro dos outros que a gente tinha visto, ainda vinha com duas lentes extras, uma escura e uma amarela (para usar à noite, principalmente para dirigir). E parcelava em dez vezes.
Sim, era isso. Encomendei e ficaria pronto no outro dia.
Estranho que eu fiquei um pouco ansioso, mas não ansioso do tipo ruim, na verdade quando eu descobri que poderia enxergar melhor, eu queria pegar meus óculos o quanto antes. Até acordei cedo no outro dia, que era um sábado.
Ali por umas dez horas a mulher me ligou dizendo que os óculos estariam prontos depois das 12h30, mas a ótica fecharia às 13h.
Enfim, consegui de alguma forma me atrasar (como sempre) e às 12h59 eu liguei pra ótica pedindo que por favor ela me esperassem, pois eu já estava quase na frente. Cheguei era mais ou menos 13h01. Experimentei. Perfeito.
Usar óculos é bom e ruim ao mesmo tempo. É uma sensação estranha, pois é um pouquinho frustrante (só um pouco) pois você percebe que tem uma deficiência, mas ao mesmo tempo tem uma alegria ao perceber que posso enxergar muito melhor.
Estou acostumando ainda. Às vezes é um pouco desconfortável e dá vontade de tirar. Tipo, pra comer.
Mas, na moral, no sentido estético, estou muito satisfeito. Eu acho que fiquei 14% mais bonito. Fora que muitas pessoas me elogiaram. Na verdade, eu sempre gostei de óculos no sentido estético da coisa, mas tem o lado ruim também, que é de acostumar.
Estou me achando mais bonito e essa é a parte legal.
No mais, é isso aí. Eu acho.
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