Acabo de retornar do primeiro dia de comemoração do aniversário da congregação do Novo Milênio, o qual está completando treze anos de existência, e sete (ou oito?) anos desde que o pb. Antônio assumiu a liderança. Junto com ele, um pouco depois, eu também cheguei, então creio que já faz uns sete anos desde a primeira vez que entrei na congregação.
Não tem como ir a um evento como este sem passar um filme pela cabeça. São aproximadamente sete anos os quais Deus se mostrou grandemente em minha vida, e sou muito grato por isso. Mesmo.
Lembro de alguns momentos que na época, embora maravilhosos, eram cotidianos, mas que hoje eu posso perceber melhor quão preciosos foram.
Me lembro, por exemplo, de momentos nos quais atravessei a cidade, junto com o pb. Antônio e alguns outros irmãos, para buscar os demais que se dispusessem a ir à igreja. Tinha vezes que ele rodava do Bela Vista ao Petrópolis, e ao Caravágio, e ao Guarujá, e ao Milênio. Quando escrevi atravessar a cidade, é em sentido literal. Muitas vezes no Fusca, muitas vezes na Kombi.
Lembro-me de ter a oportunidade de contemplar em silêncio (tirando o ronco da Kombi) os campos ensolarados no caminho para o Bela Vista (na rua Mateus Junqueira), através dos quais podia ver e sentir a mão de Deus, ministrando em meu coração. Eu sentia-me bem. Foi lá perto também que uma vez a alavanca do câmbio do Fusca acabou quebrando na mão do irmão Antônio. Tinha algumas dificuldades sempre, mas em tudo Deus nos dava vitória. E estávamos sempre confiantes nEle.
A propósito, aquela Kombi era a única que tinha música ao vivo. Algumas vezes lembro de retornar junto com o Jacob e a Estela, cantando e tocando violão e teclado. Era uma alegria muito espontânea. O louvor brotava com sinceridade em nossas vozes e mãos, e não importava se ficava bonito.
Também foi na Kombi e no Fusca que fui por muitas vezes discipulado pelo irmão Antônio. Isto é, com suas palavras simples e com muito amor ele conversava comigo a respeito da vida com Deus. "O tio Rafa é o meu filho mais velho", ele fala até hoje. Já que tínhamos alguns momentos para conversar isso era ótimo. Pude aprender muito com ele, mas mais pelo exemplo do que pelas palavras.
Eu nunca conheci alguém com tanto amor às almas como o irmão Antônio.
Às vezes eu pergunto para Deus por que tudo mudou... Por que não é mais como era antes, nos áureos tempos do meu primeiro amor. E por que sinto tanta falta quando me lembro de alguns irmãos que hoje não estão mais conosco. Talvez eu seja um desses irmãos, já que também tenho priorizado os estudos em vez de estar na igreja durante as noites de semana, mas mesmo assim... Sinto falta. Muito.
Mas a alegria é sempre maior. É bom lembrar dos velhos tempos e tudo o que o Senhor fez por nós até hoje.
Quando cheguei à igreja, era um templo extremamente simples, onde as paredes eram de tijolo e não rebocadas. Havia um povo simples mas que clamava a Deus com muita fé. Algo que eu não estava acostumado, mas por loucura que pareça, me senti muito à vontade. A partir deste momento tive a oportunidade de amadurecer, pouco a pouco, na fé de Cristo. É uma caminhada, e todos os dias damos mais um passo.
Um adendo: eu não queria estar na faculdade. Todos os dias é um fardo. Eu queria estar na igreja. Mas eu acho que estou fazendo a coisa certa. Espero, bem sinceramente.
E, espiritualmente, tenho sentido um grande desejo de orar por alguns irmãos que Deus tem me colocado em mente. Orar para que tenham um encontro verdadeiro com Deus. Digo isto porque nunca havia sentido. Como já escrevi, às vezes dá vontade de colocar algumas coisas nas cabeças das pessoas, principalmente dos mais jovens. Mas não adianta. Acho que estou ficando parecido com o irmão Antônio.
Para o futuro, não há planos nem metas. Afinal não sabemos o que há de ocorrer e a cada dia basta o seu mal. Mas tenho certeza de uma coisa: Deus é fiel.
Vamos com fé!
Ah, é. Leia também: O Grupo de Louvor do CEI Novo Milênio (escrito no réveillon de 2012/13)
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