Às vezes dá medo de pensar o tanto que a tecnologia pode nos atrapalhar certas vezes. Principalmente porque esse é o meu trabalho. E principalmente porque eu só tenho trabalho porque as coisas às vezes param de funcionar.
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Dá para ver o meu pai daqui... |
Mas pude perceber isso de maneira mais clara um dia que fomos a um supermercado, que estava com o sistema "louco". Mudava o preço de alguns produtos, todos para R$15,99. As filas estavam enormes. Não quero criticar o supermercado, nem a empresa proprietária do software em questão (que eu nem sei quem é), até porque estas coisas acontecem; mas isso me fez refletir uma coisa que eu já sabia, mas que pude entender melhor neste ponto:
Tecnologia é uma coisa que te mostra algo bom, aí em troca disso você passa a depender dela. Dali a mais um tempo você passa a ser dominado por ela. E aí, meu amigo, é tarde demais.
Ainda mais agora, com essa folia que todos os jornais mostram da espionagem dos Estados Unidos (blarg!) em dados "confidenciais" do Brasil, isso mostra o lado perverso da tecnologia. Na verdade, nesse caso, não dela, mas de quem a usa e de como a usa.
E sem contar aquelas expressões bonitas que aprendi esses dias com o Júnior, que são "obsolescência planejada" e "obsolescência perceptiva", que fazem você estar sempre comprando e consumindo produtos pelo simples fato que eles são criados para ir para o lixo. Computadores são um ótimo exemplo. Um computador com processador Sempron e 1 GB de memória rodaria mais quetranquilamente o Windows XP e você faria tudo o que precisasse. Mas hoje você precisa de um com processador i5, com 6 ou 8GB de memória, com unidade SSD e sei-que-lá, só pra rodar o Windows 8 e... Fazer a mesma coisa que você faria com o velho Sempron.
Esta história da obsolescência eu aprendi com este filme que o Júnior me indicou (que é meio triste pelo choque de realidade que apresenta [e, dessa vez, eu preferi o dublado {porque realmente é muito texto pra ler}]):
Enfim, meu momento de filosofia is over. Ah, é! O Doritos está caro.
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